
Como a inteligência artificial impacta no conteúdo?
Quando o conceito de IA surgiu, em 1956, John McCarthy (Boston, 1927 – Stanford, 2011), seu criador, não esperava que a ideia se disseminasse da forma como aconteceu.
Afinal, hoje quase tudo tem um dedinho de inteligência artificial.
No entanto, os usos da IA se mantêm fiéis ao preceito de McCarthy: ser uma tecnologia focada em exercer funções de forma analítica mais rapidamente que os humanos.
Porém, a ideia expandiu tanto que tocou até mesmo na forma como encaramos e realizamos os processos de marketing de conteúdo. É isso mesmo: robôs já conseguem nos auxiliar na redação de um texto e no planejamento de conteúdo
Sendo assim, neste texto você vai ler sobre:
- Inteligência Artificial e conteúdo: o Big Data
- Marketing personalizado: levando em consideração o gosto dos usuários
- O uso do marketing preditivo: informações que podem prever o futuro
- Qual é o futuro da IA no marketing de conteúdo?
- A pergunta que não quer calar: a IA vai substituir quem escreve?
Inteligência artificial e conteúdo: o Big Data
A primeira coisa que vem na nossa cabeça quando falamos da relação entre conteúdo e IA é a influência do Big Data.
Quando falamos em Big Data, falamos de um enorme volume de dados gerados e armazenados todos os dias. Um volume grande demais para ser processado pelos meios tradicionais de catalogação.
Por sua vez, a IA captura, processa e organiza esses dados. Assim, conseguimos consultá-los segundo nossa necessidade, facilitando os mecanismos de pesquisa e busca.
Um exemplo do uso desse ramo da inteligência artificial no marketing de conteúdo é quando pesquisamos e analisamos as palavras-chave mais relevantes para o nosso público-alvo no Google Trends.
Ou seja: temos uma ferramenta que nos guia, por meio de toneladas de dados na internet, para saber qual tipo de conteúdo pode ser mais certeiro para atingir o target.
Sendo assim, podemos perceber que grande parte do sucesso entre a junção de marketing de conteúdo e IA se dá por causa do Big Data. Mas a combinação vai além disso.
Marketing personalizado: levando em consideração os gostos do usuário
Não é segredo para ninguém que os usuários querem uma experiência cada vez mais personalizada dentro da jornada de compra. E a IA permite que isso aconteça.
Afinal, a inteligência artificial tem uma habilidade única para absorver e administrar grandes quantidades de informação. Desse modo, a possibilidade de olhar e analisar esses dados faz com que a produção de conteúdo se torne muito mais assertiva. O achismo vai embora e é substituído por métricas confiáveis.
Um exemplo do uso da IA no conteúdo voltado para marketing personalizado é com a ação de chatbots. Esses robôs de atendimento garantem que o usuário seja guiado de forma personalizada pela jornada de compra. Além disso, eles também atuam otimizando a experiência do usuário – que sabemos ser de extrema importância para o Google.
O uso do marketing preditivo: informações que podem prever o futuro
Navegar pela internet deixa rastros. A partir dessa afirmação, dados sobre o usuário, seu comportamento e suas preferências são gerados – e podem ser analisados pelos profissionais de marketing. Mais um ponto para o Big Data.
Diante dessas informações, é possível traçar padrões de comportamento e preferências baseados em estatísticas. Assim, usando uma lógica de probabilidade, os profissionais conseguem prever como os leads poderão agir no futuro e quais tendências eles estão mais propensos a seguir.
Em outras palavras: essa estratégia permite fornecer um conteúdo mais relevante ao usuário. O resultado? Maior engajamento, diminuição do ciclo de vendas e menos tempo navegando na web e migrando para sites concorrentes.
Qual é o futuro da IA no marketing de conteúdo?
Uma das grandes apostas para o futuro é o investimento em realidade virtual. Isso mesmo: realidade virtual como forma de conteúdo online, disponível para os usuários.
E não, nós não estamos falando de um futuro longínquo, com carros voadores à la Jetsons. Afinal a realidade virtual já tem impacto significativo na indústria de games e entretenimento.
Quando aplicamos a tecnologia ao conteúdo, o objetivo é oferecer uma experiência imersiva, onde o lead seja capaz de internalizar a proposta da marca.
Imagine, por exemplo, um conteúdo de realidade virtual aplicado no site de um escritório de arquitetura.
Nele, o cliente conseguirá fazer um tour pelo projeto do arquiteto, percebendo todos os detalhes e acabamentos, tudo virtualmente.
Em etapas anteriores do funil, ele ainda pode ter uma opção interativa, escolhendo detalhes (como cores, tipos de móveis, etc) para conhecer o catálogo da empresa e se engajar na jornada de compra.
Não seria revolucionário? Você consegue contabilizar quanta economia com mão de obra você teria? E quanta agilidade no processo de vendas e tomada de decisão?
A pergunta que não quer calar: a IA vai substituir quem escreve?
Um dos grandes medos daqueles que se aprofundam um pouco mais na relação entre a inteligência artificial e a produção de conteúdo é que as máquinas substituam os seres humanos.
A verdade é que, apesar de existirem alguns softwares de jornalismo robótico, eles não podem escrever uma coluna de opinião sobre política, uma crônica ou textos semelhantes – mas podem ser úteis na hora de criar alguns artigos específicos.
Sendo assim, não é incomum encontrar grandes publicações do mundo utilizando softwares como o WordSmith. Porém seu uso é para criar conteúdos focados em dados, como relatórios de ganhos, dados de mercado e até mesmo esportes.
Gigantes do setor, como a Associated Press e o The Washington Post já fazem uso desses robôs jornalistas.
É claro que não podemos prever o futuro, mas – pelo menos por enquanto – parece que a inteligência artificial está aqui para tornar o trabalho do profissional de marketing de conteúdo mais assertivo e seguro.
Humanização da IA: dica cinematográfica
O Homem Bicentenário (1999, Chris Columbus) é um clássico da ficção científica e inteligência artificial.
A obra conta a história de um robô doméstico que acaba incorporando características humanas e emoções da família para quem trabalha há 200 anos. Seu objetivo, então, começa a ser encontrar uma maneira de virar humano.
É interessante ver como, no filme, o robô consegue absorver várias habilidades humanas e realizando tarefas que vão além de trabalhos repetitivos e automáticos.
O que você pensa sobre a influência da IA no futuro do marketing de conteúdo?
Você acredita que os profissionais de conteúdo estão preparados para absorver todas essas inovações?
Imagem: Divulgação